quinta-feira, 29/03/2018
O IAPMEI – Agência para a
Competitividade e Inovação reconheceu recentemente 20 clusters de
competitividade nacionais. O Cluster TICE.PT é o destaque desta edição e conta
com a participação da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM).
O cluster das TICE.PT – Pólo das
Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – surgiu em 2008 com grande
expressividade da então PT em conjunto com a Universidade de Aveiro. O TICE.PT
envolve e mobiliza atores relevantes em todo o país, em particular nas regiões
de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa, abrangendo toda a cadeia de valor na área
das TICE.
Com um
papel agregador entre as comunidades das universidades e das empresas, este cluster tem como missão construir uma
plataforma de concertação que envolva e mobilize os principais atores do setor
das TICE
nos processos de inovação, I&DT, transferência de conhecimento, formação
avançada, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos e serviços,
marketing e internacionalização.
Os
antigos PCT’s – Pólos de Competitividade e Tecnologia – designação atribuída
por governos anteriores, deram lugar aos atuais clusters. A terminologia é diferente, mas a essência mantém-se:
olhar para o território – do ponto de vista das atividades económicas – e
agregar um conjunto de consórcios capazes de atuar de forma estratégica para
desenvolver atividades económicas de valor acrescentado. “Os clusters são algo mais do que os PCT’s, pois
têm de demonstrar que a sua formalização é pertinente para a sociedade, porque
agregam entidades nacionais do sistema científico e empresarial que contribuem
de forma objetiva para o PIB português, nomeadamente na capacidade de
exportação do país”, explica Ricardo Machado, representante do Cluster das TICE.PT através do Centro de
Investigação ALGORITMI (ALGORITMI) da EEUM.
Este
cluster tem ajudado as empresas e
outras entidades a formar consórcios e projetos mobilizadores – projetos de
grande dimensão que fazem estudos muito transversais, do ponto de vista dos
interesses regionais e institucionais, focando uma série de temáticas. Estes
projetos são transversais à sociedade, na medida em que envolvem muitas
empresas e universidades, e que são movidos pela atividade dos clusters, em particular o das TICE.
Sobre
a agregação de competências em clusters
multissetoriais, Ricardo Machado reforça que esta junção de entidades contribui
para uma eficiência coletiva e que os clusters
“permitem colocar atores do mesmo domínio em diálogo, de forma a viabilizar a
cooperação entre si”. “Isto promove não só a capacitação da indústria, mas
também a oportunidade de formar parceiros com dimensão e escala capazes de
competir a nível internacional”, conclui o investigador.
O cluster das TICE.PT ambiciona fazer de
Portugal, até 2020, uma localização de referência mundial no setor, apostando
na liderança tecnológica, nas respostas aos desafios societais e na capacitação
das empresas e pessoas, com reflexos na sustentabilidade da economia nacional.
Esta agregação junta 89 entidades das mais variadas áreas do tecido nacional
académico e empresarial.
O cluster TICE.PT foi reconhecido pelo
Governo Português em fevereiro de 2017 enquanto Cluster de Competitividade, junto com outros 19 Clusters nacionais, aquando da
apresentação do Programa Interface.
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info: https://www.iapmei.pt/; https://www.tice.pt/pt-pt