sexta-feira, 30/03/2018
Guiné Equatorial
Distinção entregue na Guiné Equatorial recompensa a investigação e o percurso do investigador da UMinho
Rui L.
Reis, diretor do Grupo 3B’s do Instituto de Investigação em Biomateriais,
Biomiméticos e Biodegradáveis (I3Bs) e vice-reitor para a Investigação e
Inovação da Universidade do Minho, recebeu a 30 de março o Prémio
Internacional UNESCO de Investigação em Ciências da Vida 2017, em Malabo, na
Guiné Equatorial. O cientista português foi distinguido com 100 mil dólares
(85 mil euros) e uma estátua de um artista local. A entrega foi feita pela diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.
O
galardão enalteceu o professor da Escola de Engenharia da UMinho “pelas suas contribuições excecionalmente
inovadoras para o desenvolvimento de biomateriais de base natural e suas
aplicações biomédicas, incluindo engenharia de tecidos, medicina regenerativa,
células estaminais e sistemas inteligentes de libertação controlada de
medicamentos, que têm um enorme potencial para melhorar a saúde humana". O
prémio, um dos maiores a nível internacional na área das ciências da vida,
destaca a investigação neste domínio cientifico que tenha um forte impacto
internacional, sendo atribuído pela UNESCO, com o alto patrocínio do Governo da
Guiné Equatorial.
Rui L.
Reis tornou-se o primeiro cientista europeu com este galardão, que cumpriu a quarta edição. “É um grande privilégio receber este importante prémio de
natureza global, é mais um estímulo para todo o grupo de investigação que tenho
o prazer de liderar e aceito-o em nome de todos os que de algum modo
contribuíram para ele. É também um orgulho poder ver reconhecida a investigação
que se faz na Universidade do Minho e que é cada vez mais relevante em termos
internacionais”, referiu.
A
presente edição distinguiu ainda o argentino Ivan Antonio Izquierdo, da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil), por descobertas
em mecanismos de processos de memória, e a Organização de Investigação Agrícola
do Centro Volcani (Israel). Os vencedores tinham sido anunciados em julho de
2017 pela então diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.
Este
foi, entre outros, o terceiro grande prémio mundial que o investigador da
UMinho recebeu no último ano, após o galardão “Contribuições para a Literatura
Científica” da Sociedade Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina
Regenerativa (TERMIS) e o “Harvey Engineering Research Award” da associação
“Institution of Engineering and Technology” (IET), entregue na passada semana
em Londres.
Rui L.
Reis é um dos cientistas do mundo com mais artigos científicos e mais citações
por outros autores nas áreas dos biomateriais, engenharia de tecidos humanos e
medicina regenerativa. Tem mais de 1050 trabalhos listados na base “ISI Web of
Knowledge” (com cerca de 26.500 citações), 980 na “Scopus” (cerca de 29.500
citações) e 1670 na “Google Scholar” (cerca de 41.000 citações). Destes, cerca
de 900 são artigos em revistas internacionais com revisores. É também um dos
cientistas portugueses, de qualquer área, com maior índice h (número de
artigos com pelo menos esse número de citações). Tem um h de 99 no
Google Scholar, 85 no Scopus e 80 no ISI.
+Info: en.unesco.org/news/unesco-announces-winners-2017-international-research-life-sciences-prize
www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2017/07/unesco-anuncia-premio-para-cientistas-no-brasil-e-em-portugal
en.unesco.org/news/scientists-brazil-israel-and-portugal-receive-international-prize-research-life-sciences
www.unesco.org/new/en/natural-sciences/science-technology/basic-sciences/life-sciences/international-prize-for-research-in-the-life-sciences