segunda-feira, 02/07/2018
Nesta edição, a opinião de Ana Francisca Costa, aluna do 2º ano do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, secretária do Núcleo de Estudantes de Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Minho - NEEGIUM.
Se formos à procura de uma definição de associativismo no dicionário, facilmente encontramos conceitos alusivos a movimentos partidários da criação de associações que visam defender interesses ou alcançar objetivos comuns. Isto reflete, efetivamente, um dos lados do prisma, mas, a meu ver, o associativismo ultrapassa aquilo que é partidário.
O associativismo é um modo de viver em
plenitude aquela que é a nossa passagem na Universidade. É um modo de crescer e
fazer crescer. É uma cultura que se vive e se tenta ensinar.
Estar numa associação desenvolve um
estudante em várias vertentes, das quais dou principal destaque às cognitivas,
políticas, éticas e sociais.
Desenvolve-se o cognitivo a partir do
momento em que se aceita que a partilha do conhecimento interpares é a chave
para o desenvolvimento pessoal. É senso comum que cada pessoa é distinta e
especial. Quando um grupo de pessoas se junta, partilhando entre elas as suas
virtudes e as suas fraquezas, ensinando o melhor delas e escutando o melhor do
outro, não se pode esperar que o resultado seja nada menos do que algo
incrível.
Estar numa associação académica é
também um modo de entender a estrutura de uma organização. É um modo de
preparar, ainda que debilmente, aquele que será o nosso futuro numa empresa e
alertar para aquela que é a importância de defender os direitos e interesses de
alguém.
A envolvência associativa é ainda um
ponto de partida para a consciencialização da importância da responsabilidade
social. Enquanto espelho do nosso curso, em particular, e da universidade, no
geral, cabe-nos a nós ser os agentes de mudança que veem nesta etapa académica
o momento certo para olhar para além do curso, sem esquecer de olhar diretamente
para as pessoas.
De estudantes e para estudantes… De
pessoas e para pessoas… Este é o binómio que deverá saltar a vista num meio que
se diz associativo.
E o
associativismo é isto… É dar o nosso melhor em prol dos outros, é crescer
enquanto estudante e enquanto pessoa e é a sensação de fazer valer os anos que
passamos na Universidade, na certeza de que, no final dos cinco anos, o
sentimento de dever cumprido será o conforto que apaziguará a tristeza do “Até Já”
a esta Universidade.