segunda-feira, 29/01/2018
O estudante foi premiado por
manga que vai ajudar doentes com cancro. Esta foi a mais inovadora das ideias
incubadas no Startup Nano.
Carlos
Gonçalves, aluno do Programa Doutoral Internacional em Líderes para as
Indústrias Tecnológicas (EDAM-LTI) do Programa MIT Portugal na Escola de
Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), desenvolveu uma manga de compressão
ativa que vai permitir auxiliar doentes no tratamento do braço inchado, mais conhecido
como linfedema dos membros superiores. Esta tratou-se da mais inovadora das
ideias incubadas durante dez semanas no Startup
Nano, o primeiro programa nacional de aceleração e incubação para startups na área da nanotecnologia.
O
programa foi promovido pelo Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia
(INL), pelo Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e
Inteligentes (CeNTI) e com a parceria da Startup Braga.
O
linfedema dos membros superiores é frequente em portadores do cancro da mama e
caracteriza-se por um aumento do diâmetro do braço, o que provoca dores
incapacitantes. As terapias atuais consistem em compressões no braço recorrendo
a massagens de drenagem linfática e por pressoterapia, com auxílio a mangas
insufláveis. Carlos Gonçalves explica que a nova manga de compressão é
inovadora pois até à data “as terapias atuais são efetuadas em hospitais
públicos ou privados, o que obriga os pacientes a deslocações
e
não possibilita tratamentos frequentes”. “Com a manga de compressão ativa, o
tratamento será possível em qualquer local e a qualquer hora”, salientou o
investigador.
Este
projeto resulta de uma parceria entre a Universidade do Minho (UMinho), o CeNTI
e o MIT e está agora num processo de registo de patente a nível nacional. O
investigador esclarece que aguardam em breve o resultado do pedido de
patenteamento, para que seja possível finalizar os procedimentos necessários a
um pedido de patente europeia, tendo como objetivo a comercialização do produto.
Carlos Gonçalves considera que este prémio “é um importante reconhecimento do
trabalho elaborado enquanto aluno da EEUM”.
O
segundo prémio desta segunda edição do Startup
Nano foi atribuído a um projeto de microfiltragem de fluídos contra poeiras
e agentes patogénicos, sob a coordenação de Hugo Macedo, e o terceiro prémio a
um biorreator que permite um controlo mais apertado das condições de cultura de
células, apresentado por Marta Maciel e Ricardo Pereira, ex-alunos da UMinho. A
pré-seleção dos candidatos decorreu em outubro de 2017, onde nove projetos
seguiram para a fase de incubação.
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info: startupnano.eu; facebook.com/StartupBraga/posts/922990691186596; facebook.com/events/324132741436537; www.mitportugal.org/mitp-media/press-releases/2294-startup-nano-compression-sleeve-useful-useful-for-breast-cancer-patients-gives-the-first-prize-to-a-mit-portugal-student-at-the-university-of-minho