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Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa com intervenção da EEUM Voltar

quinta-feira, 28/09/2017   
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O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação reconheceu recentemente 20 clusters de competitividade nacionais. Nesta edição, o destaque vai para o Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa, que conta com a intervenção da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM).
Empresas, entidades do sistema científico e tecnológico nacional e parceiros industriais ligados à ferrovia uniram-se numa plataforma para trabalhar em conjunto na resolução de problemas concretos e na procura de soluções inovadoras no setor ferroviário. O Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa (PFP) agrega os principais atores nacionais ligados à ferrovia, definindo uma estratégia comum para o planeamento da investigação e inovação ferroviária, promovendo iniciativas e projetos conjuntos de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I), dinamizando novos negócios e fomentando a internacionalização do setor. Atualmente, a PFP conta com mais de 40 associados, 70% dos quais são empresas, correspondendo os restantes 30% a associações empresariais e entidades não empresariais do Sistema Nacional de Investigação e Inovação.

António Gomes Correia, Vice-Presidente da EEUM e Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Civil (DEC) da Escola, é o representante da UMinho no Cluster. “Com este Cluster pretende-se agregar as capacidades e competências em torno de objetivos comuns, num quadro de cooperação e partilha favorável ao aumento da competitividade e da capacidade de inovação, cuja concretização beneficiará todos os atores do setor e a economia nacional”, refere o investigador. “Há uma visão e ambição de, até 2020, fazer de Portugal um centro de referência internacional no setor ferroviário e um local privilegiado para o desenvolvimento de projetos de I&D&I que contribuam para o aumento da competitividade da economia nacional”, acrescenta.

A Plataforma assenta a sua atividade em oito grupos de trabalho: Material circulante; Atratividade; Comando, controlo e comunicações; Infraestrutura, Eficiência energética; Carga; Interoperabilidade; e Gestão do Conhecimento. “Em termos concretos, a EEUM participa neste Cluster através dos centros de investigação ALGORITMI, CT2M, CTAC, IPC e ISISE, disponibilizando competências sobretudo nas áreas da infraestrutura, dos materiais inovadores e da eficiência energética”, refere António Gomes Correia.

Entre outras atividades levadas a cabo no âmbito da atividade da PFP, a Escola de Engenharia está já envolvida em vários projetos. No contexto da formação do Cluster, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a EEUM, em associação com a Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, viram aprovado um programa de doutoramento financiado pela FCT, iRail (Innovation in Railway Systems and Technologies) possibilitando a formação avançada orientada para a ferrovia (em alinhamento com o projeto Shift2Rail) dentro dos programas doutorais existentes nas áreas: engenharia civil, eletrónica, mecânica e materiais. Foi ainda submetida uma candidatura ao programa mobilizador (COMPETE 2020) RailCapacity, que teve, no entanto, uma decisão desfavorável.

Mais recentemente, a PFP viu aprovada uma candidatura que submeteu ao SIAC (Sistema de Apoio a Ações Coletivas - Programa Operacional Competitividade e Internacionalização do Portugal 2020) para Clusters, que constitui uma alavanca de suporte financeiro às suas atividades. Além disso, as instituições têm estado atentas a todos as oportunidades que surgem e, nomeadamente, às que estão previstas no âmbito do Shift2Rail em que a UMinho e muitas das entidades do Cluster são membros associados.

Relativamente a futuras atividades do Cluster, António Gomes Correia adianta que “o Cluster está mobilizado para submeter uma proposta para constituição de laboratório colaborativo que permitirá dar ainda mais força ao que está em curso, ou seja, definir e implementar agendas de investigação e de inovação orientadas para a criação de valor económico e social, incluindo processos de internacionalização da capacidade científica e tecnológica nacional, na área da ferrovia e afins, o estímulo ao emprego científico e a realização de atividades de I&D que potenciem o reforço de sinergias com instituições de ensino superior, designadamente no âmbito de programas de formação especializada, profissional ou avançada em estreita colaboração com parceiros sociais e económicos”.

A PFP foi reconhecida pelo Governo Português em fevereiro de 2017 enquanto Cluster de Competitividade, junto com outros 19 Clusters nacionais, aquando da apresentação do Programa Interface.

+ info: www.ferrovia.pt
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