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Conselho Consultivo da EEUM em entrevista: Mário Domingues Voltar

segunda-feira, 18/12/2017   
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Ciclo de entrevistas aos membros do Conselho Consultivo da EEUM. Nesta edição, Mário Domingues, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Somelos, em Guimarães.
O Conselho Consultivo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) é o órgão de aconselhamento dos órgãos de governo da Escola para assuntos de definição estratégica. Composto por nove personalidades de reconhecido mérito nos domínios da sua atividade, estes têm como missão pronunciar-se sobre assuntos de caráter pedagógico, científico e de interação com a sociedade. Nesta edição, falámos com Mário Domingues, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Somelos, em Guimarães.

Qual a importância de ser um membro do Conselho Consultivo da EEUM?
Encarei como uma honra ser convidado para um lugar que considero muito importante. Um membro do Conselho Consultivo tem, julgo eu, uma responsabilidade enorme, na medida em que terá que aconselhar sobre assuntos que são determinantes para o futuro da Escola de Engenharia.

Em termos gerais, quais as contribuições de um membro externo para este órgão de aconselhamento?
Entendo que o convite tem de ser feito a pessoas com alguma experiência, e que podem levar essa experiência a definir com mais rigor os caminhos que a Escola deverá encarar como os mais acertados para conseguir os seus objetivos. Tenho uma diferença em relação aos outros Conselheiros: sou economista de formação, e talvez esta distância em termos académicos em relação à Engenharia também possa providenciar uma visão diferente. Por outro lado, também consigo levar a experiência de alguém que está há 40 anos na indústria têxtil.

Qual o balanço que realiza da evolução da EEUM nos últimos anos, sob a visão do atual Conselho Consultivo?
Constato, de uma forma muito positiva, o dinamismo da equipa dirigente da Escola. Sinto que algumas ideias de força, que derivaram do Plano Estratégico da EEUM, têm passado à prática de uma forma muito positiva. Nestes três anos, noto que a Escola deu passos positivos e é com agrado que me sinto envolvido neste progresso.

Considera especialmente relevante a relação entre a Somelos e a Escola de Engenharia?
O setor têxtil foi um setor mal-amado e julgo que isso também se refletiu na universidade durante muito tempo, sendo difícil encontrar alunos porque não tinham interesse neste tipo de formação. Entretanto, o setor têxtil teve uma evolução enorme e positiva, e nós acompanhamos a EEUM na área científica da Engenharia Têxtil durante praticamente o seu início. Temos colaborado várias vezes em projetos muito interessantes, como o projeto “High-tech Fashion”, no âmbito do programa mobilizador PT21 e vamos começar agora um novo projeto. Recorremos frequentemente à Universidade sobre temas da nossa atividade corrente e esta relação tem sido sempre muito positiva.
A ligação à EEUM reflete-se ainda no acolhimento de alunos, com propostas de trabalhos e estágios, e ainda ao nível dos nossos funcionários, pois alguns foram ou são ainda alunos da Escola. É muito interessante proporcionarmos a quem nos visita ou colabora connosco, através de um estágio, uma vivência prática da indústria, por exemplo.

Quais as outras áreas de Engenharia que diariamente contribuem para a inovação tecnológica do grupo empresarial?
Áreas ligadas à informática, à mecânica ou eletrónica. Normalmente, o que pedimos a um Engenheiro, seja qual for a formação base, é que tenha uma postura bastante mais alargada pois, normalmente, desempenha também funções de gestão. Ou seja, um Engenheiro, por regra, estará a comandar uma equipa de profissionais e, por vezes, numa área que tem várias valências. Acredito que a Escola tem a preocupação de colocar na formação dos seus graduados algo mais que complemente e que facilite a integração [dos alunos] na atividade profissional.

Quais as colaborações que destaca entre a empresa e a EEUM, ao nível de projetos de I&D&I?
Um projeto estruturado e com visibilidade exterior foi o projeto “High-tech Fashion”, no âmbito do programa mobilizador PT21. Em colaboração com o centro de investigação da EEUM 2C2T, procurámos desenvolver novos fios e tecidos técnicos para moda, em particular tecidos finos bi-elásticos e fios híbridos core-spun. Os outros são projetos mais pontuais.
O que iremos começar agora segue a linha do PT21, uma vez que teremos o desafio da criação de um novo produto com novas funcionalidades. Creio, por isso, que se trata de um projeto muito interessante.

Há algum desafio que falte lançar à Escola de Engenharia?
Eu diria que isso irá acontecer, naturalmente, no desenvolvimento da nossa atividade e nesta nossa relação próxima com a Escola. Não tenho nada visível no curto prazo, mas sei que irá acontecer.

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