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Zeca: o robô que interage com crianças autistas Voltar

quinta-feira, 21/12/2017   
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O projeto de robótica afetiva nasceu em 2009, é pioneiro em Portugal, e conta já com resultados positivos: as crianças que interagiram com o robô adquiriram a competência de reconhecimento das emoções.
Robótica-Autismo é o nome da investigação, liderada por Filomena Soares, docente do Departamento de Eletrónica Industrial (DEI) e investigadora do Centro ALGORITMI, que utiliza o robô humanoide Zeca na mediação entre um humano-parceiro e crianças com perturbações do espetro do autismo. “O Zeca possui a especial característica da sua cara ser feita por um polímero especial que se assemelha muito à pele humana e é programado, aqui, de forma a simular as emoções: estar triste, contente, assustado e zangado”.

“As crianças com autismo são identificadas essencialmente por perturbações na interação social, mas há vários estudos que indicam que são muito próximas da tecnologia”, refere Vinicius Silva, um dos investigadores que, a partir daqui, desenvolveu um algoritmo recorrendo à tecnologia machine learning auxiliada por uma câmara incorporada no robô, “levando a criança a imitar a emoção representada pelo Zeca, posteriormente validada pelo algoritmo”, contrariamente à primeira fase do projeto onde a interação era apenas de identificação da emoção.

Atualmente as investigações decorrem no âmbito de uma dissertação de mestrado e de uma tese de doutoramento, no sentido de reconhecimento, por parte do robô, de padrões de distração das crianças e pelo “desenvolvimento de um modelo comportamental de forma a tornar a interação mais social e comunicativa”, acrescenta o investigador.

A equipa conta, ainda, com a colaboração de João Sena Esteves, docente do Departamento de Eletrónica Industrial (DEI) e investigador do Centro ALGORITMI, Vinicius Silva, aluno do Programa Doutoral em Engenharia Eletrónica e de Computadores, e ainda Bruno Amaro, aluno do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores, da EEUM. O projeto integra também Ana Paula Pereira, do Centro de Investigação em Educação da UMinho, e Feliciano Guimarães, pedo-pediatra.

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