segunda-feira, 30/04/2018
O projeto Marspicks conta com
a colaboração do Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC) e do Pólo de
Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), unidade de interface da
Universidade do Minho (UMinho).
Produzir
palhetas para instrumentos de cordas é um dos principais objetivos do projeto
Marspicks, que está a ser desenvolvido por uma equipa de cinco investigadores
da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM). Estas palhetas são produzidas
em vários polímeros, com diferentes tipos de rigidez e flexibilidade, em função
do tipo de instrumento musical, mas com uma vantagem competitiva: a componente
ergonómica. “Para além de terem um formato que não escorrega dos dedos do
utilizador, as palhetas podem ser produzidas com misturas de polímeros, adequando
a rigidez/flexibilidade ao instrumento e às características do utilizador”,
esclareceu Fernando Duarte, coordenador do projeto e Professor Auxiliar no
Departamento de Engenharia de Polímeros da EEUM.
As
palhetas que existem atualmente no mercado reúnem diversas flexibilidades com
diferentes espessuras, mas o Marspicks assegura que os utilizadores podem
comprar este produto sempre com a mesma espessura, de modo a manter as
características ergonómicas, o que só se torna possível se forem utilizados
diferentes tipos e misturas de polímeros na conceção das palhetas. “Este
projeto é inovador porque as palhetas possuem um sistema central de
posicionamento, onde criámos um design diferente das palhetas que existem no
mercado. Acreditamos que será um produto de sucesso também por estas
características diferenciadoras”, explicou Mário Nadais, um dos investigadores
do projeto.
Aliando
a investigação à aplicação prática do projeto, os investigadores preveem – a
curto prazo – substituir os atuais polímeros por biopolímeros obtidos a partir
de fontes renováveis, com o objetivo e a vantagem de se obter um produto
sustentável, minimizando simultaneamente as preocupações ambientais que estão
presentes no fim da vida útil das palhetas. “O Marspicks é a prova de que as
ideias desenvolvidas durante o percurso académico dos estudantes da EEUM podem
passar à prática e resultar em projetos reais”, reforçou Fernando Duarte.
O
Marspicks tem a duração de dois anos – 2016 a 2018 –, e conta com um
financiamento de cinco mil euros provenientes do IPC, um dos centros de investigação
da EEUM.
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info: http://www.ipc.uminho.pt/