14/10/2021 - 15/10/2021
Campus de Azurém, Guimarães
Ferramenta digital ARCAS está a ser criada por vários parceiros europeus e, em Portugal, vai ser testada em Braga
A Escola de Engenharia
da Universidade do Minho (EEUM) e cinco parceiros europeus estão a criar um
modelo para tornar as habitações sociais sustentáveis e energeticamente
eficientes. O projeto chama-se ARCAS e conta até 2023 com
1.3 milhões de euros do Programa Interreg Sudoe/FEDER.
A próxima reunião do consórcio é 14 e 15 de outubro na UMinho, em Guimarães.
“Queremos
ajudar os governos nacionais, regionais e locais na reabilitação energética de
bairros sociais e de edifícios de habitação coletiva, através da criação de uma
ferramenta com indicadores-chave e as melhores técnicas ao dispor que permita
maximizar a arquitetura energética, promovendo assim a eficiência, a qualidade
do ar e o bem-estar social”, explica Manuela Almeida, professora do
Departamento de Engenharia Civil da EEUM e investigadora do Instituto de
Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE).
A
ferramenta vai juntar metodologias de avaliação e projeto, valorizando a
reabilitação de áreas urbanas e as energias renováveis. A intenção é ser
aplicável e reproduzível por administrações públicas, construtores e
associações profissionais, entre outros. A sua utilização visa nomeadamente o
sudoeste europeu, que tem um clima mediterrânico, mas não está de parte que
possa suscitar adaptações a outros contextos. O ARCAS insere-se nas políticas
da UE no combate à pobreza energética, a qual atinge várias regiões e faixas
populacionais.
Este
projeto é coordenado pela Fundación de Estudios sobre la Edificación de
Asturias, em Espanha, incluindo ainda daquele país o Governo de Cantábria, a
Universidade do País Basco, bem como a Universidade La Rochelle e a Plataforma
Tecnológica e Inovadora para a Eficiência Ambiental, ambas em França, além da
UMinho. O Município de Braga (com os bairros das Andorinhas, Enguardas e Santa
Tecla) está entre os parceiros associados, a par de entidades do país vizinho
como o Ministério de Transição Ecológica, o Ministério dos Transportes e Agenda
Urbana, a Direção-Geral de Habitação das Astúrias, a Xunta da Galiza,
municípios ou associações profissionais de arquitetura e construção e, do lado
francês, a Comunidade Intermunicipal e o Gabinete de Habitação Pública de La
Rochelle.
O consórcio já cumpriu
metade do período de execução do projeto e avança com o desenvolvimento da
ferramenta digital ARCAS para apoiar a reabilitação de edifícios de habitação
de interesse social, centrada na poupança de energia e na qualidade do ar. Esta
iniciativa multidisciplinar procura aproveitar edifícios existentes para
encontrar novas alternativas e soluções para alguns problemas causados pelas
alterações climáticas e pela pobreza energética. A ferramenta apoia-se em
tecnologias de machine learning para diagnosticar o estado inicial do
edifício e propor novas estratégias de melhoria a médio e longo prazo a
implementar na fase de reabilitação.
+Info: www.arcassudoe.eu, www.eng.uminho.pt, www.civil.uminho.pt, www.isise.net