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​DRIVES​​

Através do Centro ALGORITMI, a UMinho participa como parceiro no projeto DRIVES – Development and Research on innovative Vocational Educational Skills. Orientado para a educação e formação para o setor automóvel, o projeto acaba de ser aprovado (setembro de 2017) e terá a duração de 4 anos, com um financiamento total de cerca de 4 milhões de euros. O consórcio é composto por 24 parceiros provenientes de 11 países europeus, entre os quais universidades, entidades e organizações públicas e privadas que se dedicam ao setor automóvel.

O DRIVES tem como objetivo o desenvolvimento de capital humano para as PMEs da cadeia de abastecimento deste setor de atividade através da criação de uma Aliança de Competências Setoriais na Indústria Automóvel passando por todos os níveis da cadeia de valor (produção de veículos, fornecedores da indústria, vendas e serviço pós-venda). O projeto vai ao encontro da estratégia para o setor ("Blueprint"), no âmbito de um grupo de trabalho recentemente criado pela Comissão Europeia, o "GEAR 2030", que tem vindo a desenvolver uma série de análises e estudos para a automatização da mobilidade na Europa, especificamente relacionadas com carros ligados e carros autónomos, duas áreas onde a Europa quer investir, mas mantendo debaixo de olho as questões ambientais e da segurança e privacidade.

"O desafio foi lançado pela Câmara Municipal de Mangualde. Esta cidade alberga um parque tecnológico, cuja atividade requer um número elevado de mão de obra especializada. Surge então este projeto, na área da formação profissional e emprego qualificado, para responder a este desafio, não só a nível nacional, mas para o setor em toda a Europa", refere José Manuel Machado, investigador do Centro ALGORITMI. "No fundo, pretende-se desenvolver ações a nível europeu para formar recursos qualificados nos diversos países participantes", acrescenta o investigador.

A parceria visa essencialmente a troca de boas práticas e o desenvolvimento de competências para aumentar a cadeia de valor no setor automóvel. Enquadrado na rubrica "Cooperação para a inovação e troca de boas práticas", o consórcio apostará na formação de recursos humanos, propondo iniciativas concretas e práticas para enfrentar os desafios do setor automóvel, em particular através da facilitação da mobilidade dos trabalhadores neste setor de atividade. O projeto procurará modernizar a matriz de competências ao nível da formação em países como o Reino Unido e a Alemanha, adaptando-a às tendências futuras da indústria e transpondo-a para outros países como Portugal, Espanha, Eslováquia, Roménia, República Checa, etc, procurando implementar uma matriz comum a toda a Europa. Será ainda criada uma infraestrutura de tecnologias de informação que providenciará uma plataforma para busca de oportunidades de trabalho e de formação a nível local, nacional e europeu.

Para além de instituições de ensino superior, tais como a UMinho e o Instituto Politécnico de Viseu em Portugal, entre outras universidades europeias, o consórcio junta várias empresas, associações profissionais do setor e entidades que atuam no âmbito da formação profissional. O grupo conta ainda com parceiros associados, cujo papel é contribuir para a realização de atividades específicas do projeto e apoiar a disseminação e a sustentabilidade da Aliança. Ao DRIVES associaram-se, por exemplo, a AIMMAP e o Município de Mangualde, em Portugal, e a Jaguar Land Rover Limited, do Reino Unido, entre outros.

A intervenção da UMinho, através da equipa de investigadores liderada por José Manuel Machado, centra-se na colaboração ao nível da definição das competências exigidas aos futuros profissionais do setor (com o intuito de criar a matriz de competências anteriormente definida), colaborar na criação de um campus online (plataforma de ensino e formação), e ainda intervir ao nível da certificação da formação ministrada. "Apesar de o projeto estar ainda no arranque, a EEUM, e em particular o Centro de Investigação ALGORITMI, beneficiarão pela participação neste consórcio na medida em que permitirá um envolvimento na investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I) neste setor industrial específico, criando oportunidades ao nível da captação de recursos financeiros e humanos para atividades alocadas ao projeto mas também ao nível da exploração de áreas de investigação que podem vir a derivar noutros projetos futuros", conclui José Machado.​​