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UMinho cria consórcio para o fardamento no Exército Voltar

quinta-feira, 10/11/2016   
Entrevista Raul Fangueiro
A UMinho está a preparar uma nova geração de materiais avançados para a defesa no Exército e Força Aérea. O Consórcio AuxDefense promete uma revolução inovadora no setor.
Chama-se AuxDefense e é um consórcio português financiado pelo Ministério da Defesa Nacional. Focado na área dos materiais orientados para a defesa, o principal objetivo passa por desenvolver equipamentos de proteção para militares mais leves e resistentes ao impacto, corte e perfuração. Inclui um capacete, um colete, joelheiras e cotoveleiras, todos à prova de bala.

“É um projeto multidisciplinar, multifacetado também, e é uma tipologia que interessa muito às universidades devido ao facto de fazermos investigação orientada para o produto”, explica Raul Fangueiro, da Escola de Engenharia da UMinho e coordenador do projeto.

A parceria junta a UMinho, o Exército, a Força Aérea, mas também cinco empresas portuguesas da região norte como a Latino Confeções, LMA, Fibrauto, IDT Consulting e Sciencentris e fica completo com apoio da Universidade Politécnica de Hong Kong (China) e da britânica Plymouth University. Raul Fangueiro destaca que as parcerias entre o sistema científico, empresas e entidades governamentais são “fundamentais para ter resultados que potenciem aquilo que é investigado nas universidades, mas também para transformar esses mesmos resultados em produtos que possam ser mais-valias económicas”.

Sobre a aplicabilidade do projeto, o investigador sublinha que os equipamentos de proteção pessoal “podem atingir valores de redução de peso cerca de 20%” ao nível da mobilidade do militar e que esta percentagem “será um bom target para esta fase de desenvolvimento”. Para estes resultados foi aplicada uma metodologia com recurso à nanotecnologia e aos materiais auxéticos, têxteis que permitem contrariar as forças que lhes são aplicadas.

Depois da fase de desenvolvimento, segue-se a etapa de homologação dos produtos e, por último, a comercialização nacional e internacional. “Neste mercado específico dos equipamentos de proteção, o Exército e as Forças Armadas servem quase como certificadores do produto, como elementos de estudo do produto para o valorizar no mercado internacional”, assegura Raul Fangueiro.

O consórcio AuxDefense conta com 782 mil euros de financiamento, 89% provenientes do Ministério da Defesa Nacional e decorre até 2018.

Entrevista Raul Fangueiro
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