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Cluster para as Smart Cities com intervenção da EEUM Voltar

terça-feira, 02/05/2017   
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O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação reconheceu recentemente 20 clusters de competitividade nacionais. Nesta edição, o destaque vai para o Cluster das Smart Cities, que conta com a intervenção da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM).
Com o objetivo de alavancar o desenvolvimento e a experimentação de soluções inovadoras ao nível do território e não apenas das cidades, surgiu o Cluster das Smart Cities, cuja reunião de apresentação decorreu no Porto em janeiro deste ano. Esta agregação junta meia centena de entidades das mais variadas áreas do tecido empresarial, académico e associativo nacional.

“O Cluster das Smart Cities apareceu porque a maturidade do conceito e a sensibilidade que a sociedade demonstra ao próprio conceito estavam num ponto em que levou a que fosse possível criar este cluster”, recorda Ricardo Machado, representante do Cluster das Smart Cities através do Centro de Investigação ALGORITMI (ALGORITMI) da EEUM. Os clusters são uma iniciativa recente em termos de reconhecimento governamental e a constituição desta plataforma só agora foi possível, depois de a candidatura ter sido apresentada ao programa Portugal 2020, em julho de 2014.

Os antigos PCT’s – Pólos de Competitividade e Tecnologia – designação atribuída por governos anteriores, deram lugar aos atuais clusters. A terminologia é diferente, mas a essência mantém-se: olhar para o território – do ponto de vista das atividades económicas – e agregar um conjunto de consórcios capazes de atuar de forma estratégica para desenvolver atividades económicas com valor acrescentado. No caso das cidades em particular, não havia nenhum PCT ligado às smart cities “porque o tema era ainda muito emergente e a sociedade não tinha concretizado uma estrutura deste tipo. Houve, de facto, uma transição do conceito de PCT’s para clusters”, explica Ricardo Machado.

O incentivo ao empreendedorismo urbano é a palavra de ordem, na procura de um ambiente propício ao desenvolvimento de projetos urbanos inteligentes, em coerência com as especificidades territoriais, e de produtos e sistemas de elevado valor acrescentado para smart cities a nível global. “Os clusters são pólos de dinamização para a criação de consórcios. Também na área das cidades, há a expectativa de que ao longo do tempo seja organizado um conjunto de eventos, onde os vários investigadores possam ser convidados para, de alguma forma, formarem parcerias”, sublinha o investigador.

CEiiA, Brisa Inovação e Tecnologia, COMPTA, Siemens e Universidade do Minho são as entidades que compõem a direção do cluster. Sobre a participação da EEUM neste Cluster das Smart Cities, o investigador do ALGORITMI da EEUM não tem dúvidas de que esta é uma iniciativa que agrega um conjunto de entidades “e se nós não estivermos envolvidos, estamos fora. Isto significa que estamos a dizer à sociedade que não temos atividade científica relevante naquele domínio [das smart cities] e, portanto, não vai despertar o interesse de nenhuma empresa pela EEUM, o que não é o nosso objetivo”.

A criação deste cluster é ainda recente, mas promete revolucionar a participação das empresas no mercado das smart cities, bem como afirmar a imagem de Portugal como espaço de conceção, produção e experimentação de produtos e serviços para smart cities. A primeira reunião de direção foi em março de 2017.

+ info: https://www.iapmei.pt/; https://www.umcidades.uminho.pt/; http://www.programainterface.pt/pt
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