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Empresa nascida na EEUM reconhecida pela Comissão Europeia Voltar

quarta-feira, 31/05/2017   
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A Critical Materials, nascida na Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) em 2009, foi recentemente distinguida como exemplo de boas práticas na aplicação de financiamento entregue pela Comissão Europeia. A empresa atua nos setores da aeronáutica e defesa.
Fundada em 2009 por Gustavo Dias e Júlio Viana, ambos docentes do Departamento de Engenharia de Polímeros (DEP) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), a Critical Materials é já um caso de sucesso em Portugal. A empresa foi recentemente reconhecida pela Comissão Europeia como exemplo de boas práticas na aplicação do financiamento do Fundo Europeu para Investimentos estratégicos e do Banco Europeu de Investimento. Esta distinção garantiu a Gustavo Dias a apresentação na “Bolsa de Empreendedorismo do Dia da Europa”, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, a 9 de maio, iniciativa que contou com a presença de Carlos Moedas, Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. “A Comissão Europeia está a ver em toda a Europa alguns casos que se possam destacar pela boa utilização dos fundos europeus, e fomos identificados como uma empresa potenciadora desses fundos. Creio que esta distinção advém do facto de trabalharmos bem estes conceitos e instrumentos que a Europa nos proporciona, e que permite que empresas como a nossa possam florescer”, explica Gustavo Dias, diretor da empresa e docente do DEP da EEUM.

O principal produto da Critical Materials é o PRODDIA, um sistema de software que vai ser atualizado para a versão 3.0 no final do mês e que tem como objetivo avaliar a saúde de estruturas, condição de materiais e integridade estrutural. Este software aplica-se em casos em que os ativos são de elevado custo, como os veículos militares, aeronaves ou turbinas eólicas. O PRODDIA é um sistema operacional que visa a análise das estruturas quando elas estão em operação e funcionamento e trabalha, sobretudo, em três níveis: retira e gere os dados de sensores que estão instalados nas estruturas. Numa segunda etapa, essa informação é enviada para ser avaliada por algoritmos de análise implementados no próprio sistema. Por último, estes resultados são colocados numa base de dados, sendo possível o cliente ver o estado do seu sistema em qualquer ponto do mundo, desde que tenha uma ligação à Internet. “Estamos a falar de um sistema large-scale, que serve para tratar parques eólicos inteiros, frotas de aeronaves, ou seja, não é um coisa feita para tratar uma estrutura específica. As competências do PRODDIA são mesmo multidisciplinares e alargadas”, reforça Gustavo Dias.

Com sede no AvePark – Parque de Ciência e Tecnologia das Caldas das Taipas, em Guimarães, a Critical Materials é constituída maioritariamente por engenheiros vindos da EEUM e conta com uma forte ligação ao seu Pólo de Inovação e Engenharia de Polímeros (PIEP). Vocacionada para os setores da indústria e defesa, a empresa tem vindo a colaborar com entidades de renome internacional, como a Agência Espacial Europeia, a Boeing e a Airbus. Gustavo Dias afirma mesmo que estas entidades “estão atentas às empresas como a nossa, pequenas, que têm tecnologias que são disruptivas e que podem fazer alguma diferença num ecossistema mais complexo. A mensagem aqui é que não é impossível trabalhar com estas empresas, estando sediados no AvePark”.

A Critical Materials registou um crescimento anual na casa dos 12%, tendo atingido, em 2016, um volume de negócios de cerca de um milhão de euros.

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