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Conselho Consultivo da EEUM em entrevista: Carlos Ribas Voltar

segunda-feira, 31/07/2017   
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Ciclo de entrevistas aos membros do Conselho Consultivo da EEUM. Nesta edição, Carlos Ribas, Administrador Técnico da Bosch Car Multimédia Portugal.
O Conselho Consultivo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) é o órgão de aconselhamento dos órgãos de governo da Escola para assuntos de definição estratégica. Composto por nove personalidades de reconhecido mérito nos domínios da sua atividade, estes têm como missão pronunciar-se sobre assuntos de caráter pedagógico, científico e de interação com a sociedade. Nesta edição, falámos com Carlos Ribas, Administrador Técnico da Bosch Car Multimédia Portugal em Braga.

Qual a importância de ser um membro do Conselho Consultivo da EEUM?
É extremamente importante pertencer a este órgão de aconselhamento, pois permite perceber como funciona a Escola [de Engenharia] e a Universidade em si. Depois, permite estar a par dos interfaces que a UMinho tem, como, por exemplo, o Centro de Computação Gráfica (CCG) e o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP). Viver num mundo mais industrial e voltado para o consumidor também nos ajuda a explicar à EEUM quais as necessidades do mercado, com o objetivo de adaptar os conteúdos programáticos à realidade deste mercado.
A UMinho é uma universidade moderna e muito aberta à discussão, e acredito que não poderíamos ter um parceiro melhor. Temos uma excelente relação, discutimos programas, conteúdos e formas de trabalhar, e é importante haver esta partilha constante entre o meio académico e empresarial/industrial.

Em termos gerais, quais as contribuições de um membro externo para este órgão de aconselhamento?
Nas reuniões do Conselho Consultivo ficamos a conhecer as formas de atuação da EEUM, quais as dificuldades com que a Escola se depara, o que é que a diferencia e o que é que nós – enquanto parceiros externos – podemos trazer para o enriquecimento da mesma. Enquanto membros externos, tentamos articular, no fundo, um diálogo que traga mais-valias para ambas as partes.

Qual o balanço que realiza da evolução da EEUM nos últimos anos, sob a visão do atual Conselho Consultivo?
A parceria com a EEUM tem sido muito positiva. A relação que a Bosch tem com a Universidade baseia-se numa cooperação muito forte. Temos em curso uma série de projetos muito vastos. Os projetos de inovação do passado, atuais e os que estamos a preparar para o futuro são exemplos desta capacidade que temos de trabalhar em conjunto. Destaco o DONE Lab, que é um laboratório da Bosch dentro da UMinho, o que também não é muito comum em Portugal. Temos ainda um programa de desenvolvimento de fornecedores que pode atingir um investimento de 150 milhões de euros, e que vai beneficiar fortemente os fornecedores portugueses.

A parceria Bosch-UMinho é tida como estratégica por ambas as entidades. Em que sentido evoluirá esta parceria?
À parte dos projetos de inovação, projetos colaborativos e do programa de desenvolvimento de fornecedores, gostaríamos que a Universidade nos continuasse a apoiar nos inúmeros projetos que vamos desenvolvendo na área automóvel, condução autónoma e Indústria 4.0. Acredito que ainda há muito para explorar ao nível desta indústria, principalmente na digitalização, machine learning e data mining. Sabemos onde queremos chegar, e é nossa ambição evoluir em Portugal, mas também queremos levar a Bosch Braga ao resto do mundo e connosco também a EEUM.

Qual o impacto desta parceria na região envolvente, tanto ao nível académico como de I&D&I?
Graças aos programas de inovação e desenvolvimento, conseguimos projetos que vão fazer crescer a área produtiva e a área não produtiva da Bosch. Na área de desenvolvimento, somos cerca de 300 pessoas em Braga, cerca de 500 a nível nacional. A minha ambição é conseguir chegar aos 1000 colaboradores na Bosch em Portugal dedicados à inovação e ao desenvolvimento. Para além do que acabo de referir, temos projetos em fase de arranque que no futuro irão ser produzidos no novo edifício, em outubro/novembro de 2018.

Quais as vantagens – posicionando-se no lado da empresa que representa enquanto membro do Conselho Consultivo – em acolher alunos/graduados da EEUM?
Nos projetos de inovação, os formandos vão fazer algo novo ao participar numa equipa de desenvolvimento e inovação e ver os resultados aplicados no dia-a-dia. Acredito que isto é algo que apaixona um estudante. Depois de um produto ser desenvolvido e lançado no mercado, normalmente ficamos com os colaboradores que nele participaram porque são eles que têm o know-how que necessitamos.
De uma maneira geral, temos sido bem-sucedidos neste aspeto e estamos muito satisfeitos com o desempenho dos colaboradores que ficaram a trabalhar na Bosch. Acredito que os alunos que vierem da EEUM nessas condições têm muito a ganhar, uma vez que a empresa não é mais do que o resultado das pessoas que nela trabalham.

Neste âmbito, falamos de uma colaboração pontual dos alunos com a Bosch Car Multimédia Portugal, ou de uma integração nos futuros quadros?
Procuramos pessoas com capacidade de se apaixonar pelo nosso projeto e vivê-lo intensamente todos os dias, com muita dedicação, capacidade para aquisição de conhecimentos, com uma grande capacidade de resiliência, que se integrem facilmente nas nossas equipas de trabalho e que tenham a disponibilidade que nós necessitamos. Vão tirar, seguramente, muita satisfação pelo facto de se integrarem nesta fantástica equipa que é a Bosch.

+ info: http://www.bosch.pt



+ vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=mjGyh89EKVo






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