segunda-feira, 29/01/2018
Projeto internacional tem
como objetivo melhorar a segurança dos dispositivos médicos, como monitores de
glicose e máquinas de hemodiálise, de forma a reduzir o número de erros
ocorridos com a utilização desses equipamentos.
Mais
do que nunca, as interações entre dispositivos médicos, como bombas de injeção,
monitores cardíacos ou dispositivos para diabéticos, são cada vez mais
confiáveis por parte dos profissionais de saúde e dos próprios pacientes. “É,
por isso, importante que esses dispositivos comuniquem e operem de forma
confiável em conjunto”, referem os investigadores, em declarações à agência
Lusa.
José
Creissac, docente no Departamento de Informática da Escola de Engenharia da
Universidade do Minho (EEUM) e investigador do Centro de Investigação em Software
Confiável da EEUM (HASLab/INESC TEC), é um dos dois investigadores portugueses
que integram a equipa. “O grande objetivo do projeto ‘Medical Devices
Interoperability’ é transformar a forma como os dispositivos médicos são
desenhados, testados, comprados e usados, reduzindo o número de erros médicos
e, de certa forma, salvando vidas”, afirma.
A
investigação tem por base um estudo da Food and Drug Administration (FDA), a
agência norte-americana responsável pelo controlo de produtos para consumo
alimentar, das drogas e dos dispositivos médicos, em colaboração com o INESC
TEC e com dados entre 2012 e 2015, que concluiu que 12% das ordens de recolha
de dispositivos médicos deviam-se a problemas de software, muitos dos quais
detetados através da interação entre os enfermeiros e a máquina. Em 2% dos
casos, esses dispositivos podiam levar os profissionais de saúde a tomar
decisões que colocavam em risco a vida dos pacientes, acrescentam os
investigadores.
Um
dos objetivos do projeto é assegurar que os designers e fabricantes desses
aparelhos produzam e forneçam informação sobre o respetivo desempenho,
funcionamento e características, para que aqueles que o usem possam fazê-lo em
segurança.
Deste
projeto resultará, ainda, uma norma que, após aprovação, servirá de referência
para os regulamentos a definir nos Estados Unidos e, provavelmente, na Europa,
incluindo Portugal.
Fonte:
Lusa
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info: https://www.fda.gov/medicaldevices/scienceandresearch/researchprograms/ucm477390.htm