segunda-feira, 29/01/2018
A Universidade do Minho
(UMinho), através do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, é pioneira a
nível nacional num projeto de apoio científico-tecnológico ao CERN.
A
UMinho iniciou recentemente um projeto com o CERN, através do Pólo de Inovação
em Engenharia de Polímeros (PIEP), unidade de interface da universidade. Esta
colaboração surge no âmbito de um protocolo assinado em setembro de 2017 entre
as duas instituições e tem como objetivo avaliar o estado de conservação da
cablagem de potência e de sinal daquela instituição.
A
Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, conhecida como CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire),
é o maior laboratório de física de partículas do mundo, e está localizado em
Meyrin, na fronteira Franco-Suíça. A cooperação visa o desenvolvimento de
metodologias que permitam avaliar as eventuais necessidades de renovação da
cablagem, com o objetivo de prever atempadamente e minimizar a duração das operações
de manutenção, uma vez que estas exigem a paragem do acelerador, o que afeta a
disponibilidade deste equipamento único aos investigadores provenientes das
mais diversas instituições de todo o mundo.
“Nesta
colaboração, o CERN viu no know-how disponível em Engenharia de Polímeros no
Departamento de Engenharia de Polímeros (DEP), no Instituto de Polímeros e
Compósitos (IPC) da EEUM e no PIEP, a resposta competente às questões
relacionadas com a manutenção e renovação das cablagens do acelerador”,
explicou José António Covas, responsável pelo projeto na UMinho.
Relativamente
a oportunidades de colaboração futura, José António Covas refere que “o PIEP/UM
é já reconhecido como a entidade de apoio ao CERN nas questões que envolvem
polímeros. A colaboração começou com os cabos elétricos, mas vai certamente
expandir-se para outras áreas de intervenção”, acrescenta o investigador. José
António Covas adianta que “no futuro, equaciona-se a possibilidade de
desenvolver métodos robotizados e não-destrutivos capazes de caracterizar cabos
elétricos em locais pouco acessíveis e sujeitos a uma radiação intensa”.
O
projeto surge no enquadramento de um protocolo de colaboração assinado entre a
UMinho e o CERN, em setembro de 2017, que estabelece oportunidades de
colaboração nos domínios de Engenharia, nomeadamente em Engenharia de
Polímeros, Materiais, Mecânica, Eletrónica e Computação, entre outras de
interesse comum.
A
colaboração tem presentemente a duração prevista de três anos – setembro de
2017 a dezembro de 2020 – e conta com um financiamento direto do CERN.
Criado
em 1954, o CERN tem atualmente 22 estados membros.
+ info: https://home.cern/