segunda-feira, 30/04/2018
A Escola de Engenharia da
Universidade do Minho (EEUM) está a coordenar um projeto europeu que visa
desenvolver um sistema de navegação para melhorar a circulação de peões nas
cidades, com vista a estimular formas de mobilidade sustentável.
O
projeto chama-se Smart Pedestrian Net –
Smart Cities are Walkable (SPN) e tem como objetivo desenvolver um modelo
de análise do espaço urbano a adotar em ferramentas de navegação para peões,
que também poderá ser usado pelas entidades responsáveis pela gestão de espaços
urbanos. O projeto visa alcançar a definição de um modelo que permita ser
implementado a nível da gestão do território, neste caso, na gestão das
cidades. Por outro lado, esse modelo também deve permitir que os utilizadores
da cidade comecem a desenvolver uma melhor perceção da mesma para caminhar a pé.
“O
que nós pretendemos é que as pessoas tenham uma melhor perceção de que a cidade
está preparada para que elas circulem a pé. Isto permite que os utilizadores
deixem o automóvel mais longe e façam o resto do percurso a pé, mesmo que este implique
uma distância mais longa”, explicou Rui Ramos, coordenador do projeto e
Professor Associado no Departamento de Engenharia Civil da EEUM.
O
novo sistema de navegação está a ser desenvolvido pelo Centro de Território,
Ambiente e Construção (CTAC) da EEUM e junta a Universidade do Minho, a
Universidade de Bolonha, a Universidade Europeia de Chipre e a Associação para
o Desenvolvimento Sustentável e Inovador em Economia, Ambiente e Sociedade, da
Áustria. Mais do que um serviço, a futura aplicação terá em vista criar as
ferramentas necessárias para recolocar a deslocação a pé num lugar de destaque,
que consiga influenciar as políticas de gestão das cidades.
A temática
da gestão territorial ainda se encontra subdesenvolvida ao nível de projetos,
pelo que trabalhar com as cidades do Porto e Bolonha vai permitir que o projeto
tenha uma maior visibilidade à escala internacional.
“O SPN vai ainda permitir que a EEUM tenha um conjunto de investigadores, que
serão recursos humanos que nos vão permitir consolidar e alavancar a capacidade
de investigação ao nível da academia”, lembrou Rui Ramos.
O
SPN tem a duração de dois anos (2017 a 2019) e conta com um financiamento de
240 mil euros provenientes da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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info: http://ctac.uminho.pt/